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![]() Arany, Oscar ![]() Músico, violoncelista, dono de loja de partituras Szeged, Hungria, 22.12. 1906 - Brasil, 1992 No Brasil, de 1938 - 1992 Filho de Karl (Karoly) Arany e Elza Neumann Arany, nasceu em Szeged, Hungria, no dia 22 de dezembro de 1906. Fugindo do nazismo na Europa, Arany chegou ao Rio de Janeiro no dia 29 de junho de 1938 na Egyptian Reefer. Trabalhou como violoncelista na Orquestra de Câmara de Niterói e na Orquestra Sinfônica Brasileira. Arany sentia falta de partituras clássicas em bom estado e começou a importar, montando assim a loja, no edifício Nilomex, 7º andar, na Av. Nilo Peçanha, no atelier do seu amigo arquiteto Henri Sajous. Era uma loja frequentada pela nata da musica clássica brasileira que só tinha opção de comprar partituras quando viajavam. “Seu Oscar”, como todos o conheciam, gostava de conversar com os seus clientes. Leia a seguir o depoimento do fagotista Aloysio Fagerlande: “Comecei tarde no fagote. No final da década de 70 tocava flauta-doce e participava com entusiasmo do movimento de música antiga no Rio de Janeiro, já realizando alguns trabalhos como profissional: era integrante do Conjunto de Musica Antiga da Rádio MEC. A Rádio MEC tinha então em seu quadro permanente a Orquestra Sinfônica Nacional (hoje na UFF), a Orquestra de Câmara, o Quinteto de Sopros, o Coral, além do Conjunto de Musica Antiga. Frequentava regularmente a loja de partituras de Oscar Arany, velho amigo da família, para conversarmos, sobretudo sobre música. “Seu Oscar”, como carinhosamente o chamava, contava as histórias do meio musical, e já vinha há algum tempo me dizendo que deveria tocar um instrumento de orquestra, e que me via tocando fagote! Até que uma tarde chegando lá, categoricamente me avisou: “Vou ligar para o grande mestre do fagote para você começar!”. Rapidamente pegou o telefone, discou um numero e começou a falar em francês; depois de alguns minutos me disse: “O grande Noel Devos está te esperando na casa dele dentro de 30 minutos!” Fui correndo para a Rua Silveira Martins, e duas horas depois saía de lá com um fagote Buffet-Crampon emprestado, uma série de recomendações de como montar e desmontar o instrumento, de como estudar, além de aulas particulares agendadas para todas as sextas-feiras.” Fontes principais: Arquivo Nacional, entrevista com os filhos de Oscar Arany (Daniel Raúl Arany e Lilia Irmeli Arany). ![]() |