CANTO DOS EXILADOS

Andrian-Werburg, Leopold von


Poeta e escritor
Berlim, 9.5. 1875 - Friburgo, Suíça, 19.11. 1951
No Brasil: de 1940 a 1945


Conhecido por sua obra em prosa Der Garten der Erkenntnis (publicada em 1895) Andrian tinha afinidades com o movimento monárquico austríaco nos anos 30, mas não estava na Áustria por ocasião da anexação deste país à Alemanha em 1938. Sua obra elogiando a ”idéia austríaca” - Österreich im Prisma der Idee. Katechismus der Führenden, publicada em 1937 - foi imediatamente destruída, e Andrian foi para a lista negra da Gestapo. Depois de se refugiar na Suíça e na França, Andrian veio para o Brasil, onde já servira como enviado austríaco no Rio de Janeiro, no início do século. Logo depois de sua chegada ao Rio de Janeiro, Andrian foi recebido solenemente pela Academia Brasileira de Letras. De acordo com o seu biógrafo, Walter Perl, Andrian passou anos solitários no Brasil. Mesmo assim, conseguiu tecer uma rede amigos, entre os quais, além de Georges Bernanos, Hermann Mathias Görgen e do líder dos legitimistas austríacos, Anton Retschek, estavam os intelectuais Paulo Rónai, emigrado da Hungria, e o austríaco Otto Maria Carpeaux.

Em seu espólio, no arquivo literário da cidade de Marbach, não existe nenhuma referência às suas atividades no Brasil. Mas chegou a publicar excertos de suas memórias político-literárias, que permaneceram em fragmento, em fins de 1940 e no início de 1941 no jornal Correio da Manhã no Rio de Janeiro. Em agosto de 1945, logo após o fim da guerra, Andrian retornou à Europa, estabelecendo-se no fim de 1945 em Nice (França).

Fonte principais: Izabela Maria Furtado Kestler: Exílio e Literatura. Escritores de fala alemão durante a época do nazismo; Ferruccio Delle Cave (Hrsg.): Correspondenzen. Briefe an Leopold von Andrian 1894-1950.