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![]() Fraenkel, Erich ![]() Funcionário de partido, publicista Berlim, 17.4. 1899 – desaparecido No Brasil, desde 1934 Fraenkel foi, de 1922 a 1926, dirigente setorial e responsável pela política econômica da Associação Central dos Maquinistas e Foguistas da Grande Berlim. Mais tarde foi secretário para a região Halle-Merseburg do SPD. Em 1933, foi internado no campo de concentração de Lichtenburg. Após sua libertação, em maio de 1933, fugiu para a região do Saar, que até 1935 era controlada pela Liga das Nações. Naquele ano houve um plebiscito que decidiu sua reincorporação à Alemanha. Do Saar fugiu para a Belgica onde segundo SUS próprios afirmações desenvolveu atividades antifascistas. Não se sabe como Fraenkel se sustentou no Brasil. O certo é que em 1935 foi preso por motivos políticos. “Após o golpe communista de 1935 fui preso por ter sido denunciado a policia como comunista pela Embaixada alemã. Minha mulher ficou presa 11 dias e eu três meses e eu fui liberado sem que se insturasse qualquer processo.” O esforço da Embaixada alemã em denuncia-lo leva a crer que Fraenkel tenha desenvolvido alguma atividade antifascista logo após sua chegada ao Brasil. Segunda suas próprias informaões, ele forneceu material illegal a membros da Marinha alemã e manteve um arquivo sobre os nazistas. Essas informações não puderam infelizmente ser comprovadas, assim como não pôde ser comprovada a informação de que a Embaixada britânica teria estabelecido contato com ele logo após a eclosão da guerra. Dessa colaboração com a Embaixada Britânica teria resultado, segundo suas informações, a prisão de espiões nazistas por ocasião da entrada do Brasil na guerra. Após o fim da guerra, Fraenkel fundou, junto com outros exilados, uma representação do movimento Frei Deutsche (Alemães Livres) ligado ideologicamente ao Movimento da Alemanha Livre, sediado no Mexico. Entretanto, logo ocorreu o rompimento com os comunistas que atuavam no Mexico e o mesmo grupo fundou então a Associação dos Social-Democratas no Brasil, de cujas atividades tratarei no próximo capitulo. Fraenkel foi secretário dessa associação. Depois de algumas desavenças internas, Fraenkel e Hoffmann-Harnisch foram excluídos da associação. Fraenkel era nessa época representante do jornal Neue Volks-Zeitung, publicada em Nova York por social democratas. Fraenkel pertencia politicamente à ala direita do SPD e atacava constantemente tanto o grupo de Buenos Aires, Das andere Deutschland, quanto a coligada brasileira, a Notgemeinschaft deutscher Antifaschisten, de Willy Keller. Fraenkel e Hoffmann-Harnisch planejavam, como se seduz da correspondência de ambos com vários políticos do SPD, funda uma nova publicação semanal que se chamaria Neue Brasilianische Volkszeitung. Para concretizar tal projeto, pediram apoio financeiro á direção do SPD. Numa carta posterior de Erich Fraenkel, provavelmente a Friedrich Stampfer, menciona-se que a revista publicada por ele, Hoffmann-Harnisch e Richard Palm encerrara suas atividades devido à falta de apoio financeiro. Em compensão, estariam escrevendo agora artigos para alguns novos jornais alemães do Rio de Janeiro e de São Paulo. Fraenkel publicou em 1945 no Rio de Janeiro o livro Judeus te contemplam. Não se sabe se Fraenkel ficou ou não no Brasil, pois não existem mais informações sobre ele após 1948. Fonte: Izabela Maria Furtado Kestler, Exílio e Literatura, São Paulo; BHE/1 (S.184); Archiv der Sozialen Demokratie/Friedrich-Ebert-Stiftung, Bonn. ![]() |