Benton teve que abandonar a Alemanha com sua família em 1936. Em São Paulo, foi professor de latim e grego e de Literatura da Antiguidade Clássica na Faculdade de Assis. Dedicou-se principalmente ao estudo da literatura brasileira dos séculos XVI, XVII e XVIII e também da poesia popular brasileira. Benton aproveitou motivos e fábulas do folclore brasileiro nas obras Die Söhne Tamangos. Eine brasilianische Odyssee e Calango oder das Friedensfest der Tiere, ambas publicadas pela editora Claasen de Hamburgo, respectivamente em 1948 e em 1954.
"Benton pesquisou os mitos e contos populares brasileiros, ouviu as histórias contadas por caboclos, madeireiros, caçadores e pescadores, nas suas casas, nas pensões, pesquisou em velhos impressos e, como fizeram os irmãos Grimm com os contos alemães, deu-lhes nova vida por meio de uma forma própria e muito característica“, escreveu Max Hermann Mayer, de Rolândia.
Benton foi também presidente da Sociedade Goethe, fundada em São Paulo em 1948. Publicou artigos sobre o folclore brasileiro na revista do exílio Deutsche Blätter (Santiago/Chile) e em jornais alemães. Infelizmente, há poucas informações sobre esse autor e sua obra, esquecidos tanto na Alemanha como no Brasil.