Heller foi um dos precursores do jornalismo econômico brasileiro. Estudou economia, sociologia e jornalismo em Berlim e Leipzig, (doutorado em 1928) e trabalhou como redator de temas econômicos na Leipziger Volkszeitung. Social-democrata ativo, fugiu para Viena em 1933. Em novembro do mesmo ano foi para São Paulo para assumir o cargo da redação do planejado jornal antinazista Deutsche Tribüne, que foi publicado durante pouco tempo, teve somente sete edições. A partir de 1934 trabalhou como redator da revista Gegenwart, cuja publicação foi suspendida no ano de 1937, por causa de uma intervenção nacional-socialista. Foi correspondente para jornais europeus, colaborador do Argentinisches Tagesblatt e a partir de 1940, do jornal Estado de S. Paulo. A partir de 1946, passou a chefe da seção econômica do jornal paulista. Foi uma verdadeira "instituição" para o jornalismo econômico.
Heller trabalhou também para programas educativos na televisão brasileira. Foi delegado do Conselho Consultivo de Planificação (Consaplan) e ganhador do Prêmio Halles de Periodismo (1973) assim como do premio da Fédération Internationale des Étudiants em Sciences Politiques de Genebra. Frederico Heller faleceu em São Paulo em 10 de outubro de 1991.

Fonte: Nationalarchiv/Rio de Janeiro; Biographisches Handbuch der deutschsprachigen Emigration nach 1933; Wie weit ist Wien. Lateinamerika als Exil für österreichische Schriftsteller und Künstler; Die Exilliteratur und das Exil der deutschsprachigen Schriftsteller und Publizisten in Brasilien.