Viena, 1886 — New Haven, Connecticut, EUA, 1951
Romancista e ensaista
Escritor, era mais jovem do que o amigo Zweig mas só ingressou na carreira literária aos 40 anos. Nascido numa abastada família judia, teve a juventude marcada pelos conflitos com os pais, que o forçaram a estudar engenharia têxtil a fim de trabalhar na fábrica da família. Por um tempo conseguiu conciliar frequentando os cafés literários vienenses ao lado de Robert Musil, Elias Canetti, Franz Blei e o próprio Zweig. Em 1928 deixou os negócios para se dedicar à ciclópica trilogia os sonâmbulos. Publicou uma série de ensaios, e o mais famoso deles, “o alegre apocalipse”, acabou servindo de mote para caracterizar o fim de século vienense.
Em “Espírito e espírito da época, ensaios sobre a cultura da modernidade” (“Geist und zeitgeist”), escritos pouco antes e em seguida à tomada do poder pelos nazistas, examina o fenômeno do kitsch como resultante da ascensão das massas ao poder.
Teve um breve relacionamento com Milena Jesenská, que depois foi uma paixão de Franz Kafka. Com a anexação da Áustria pela Alemanha nazista em 1938 foi preso, mas um movimento organizado por amigos, entre eles James Joyce, conseguiu libertá-lo. Emigrou para o Reino Unido, onde voltou a se encontrar com Zweig, e depois para os EUA, e aí terminou sua obra mais conhecida, o romance A morte de Virgílio, para o qual Zweig tentou conseguir-lhe tradutor e editora. Também trabalhou nos estúdios de Hollywood junto com centenas de outros exilados e, como muitos deles, abominou o trabalho. Amigos acreditam que forçou a morte: cardíaco, proibido de fazer esforços físicos, numa de suas mudanças subiu três andares carregando pesado baú. No fim de vida, reaproximou-se do judaísmo. Nas cartas que escreveu de Petrópolis lamentando a solidão, Zweig menciona velhos amigos como Viertel e Broch.
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