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Como a Declaração final de Zweig foi parar em Jerusalém




Logo após o suicídio do escritor austríaco e de sua segunda mulher, a pedidos do delegado José Rattes, o refugiado judeu alemão Fritz Weil traduziu a carta de despedida de Stefan Zweig.
Natural de Stuttgart, Weil chegou ao Brasil em 1936. Embora nunca tivesse conhecido pessoalmente o famoso escritor austríaco, pediu ao delegado Rattes para ficar com aquela carta que guardou em casa ao lado de várias cartas trocadas com Thomas Mann. Segundo o relato da filha Mariana Weil, Rattes teria dito que a carta precisaria ficar na delegacia de Petrópolis, de onde não poderia sair por pelo menos 25 anos. Decorrido esse prazo, Fritz Weil voltou ao delegado José Rattes e perguntou pela carta. O documento já não estava mais na delegacia, e sim na casa do cunhado Sinésio, irmão de Noemia, mulher de Rattes.
Fritz Weil adquiriu então o documento "por muitos dólares" e depois o doou à Biblioteca Nacional de Israel, em Jerusalém. O documento foi levado para Israel por Fritz Haberer, primo-irmão de Weil.

(Depoimento dado por Mariana Weil a Kristina Michahelles em abril de 2015).