O químico Fritz Feigl foi tão importante para essa ciência no Brasil que seu nome foi dado ao mais importante prêmio para os profissionais do setor: o Prêmio Fritz Feigl de Química. Nascido e criado em uma família de classe média em Viena, Feigl desenvolveu seu interesse cultural na música e na literatura, além de se exercitar em esqui, montanhismo e caminhadas. Estudou na Universidade Técnica e se formou em 1914 como engenheiro químico.
Em 1914, Fritz Feigl se alista como voluntário no exército austro-húngaro. É ferido na Primeira Guerra Mundial no front russo. Recebeu várias condecorações e é promovido a capitão. Após a guerra, obteve seu doutorado em 1920. 

Feigl fez uma excelente carreira acadêmica até sua emigração em 1938. Dava palestras três vezes por semana para ex-soldados e deu um curso para mulheres jovens, em que conheceu sua futura mulher, Regine. Com ela, teve o filho Hans E. Feigl, que se formou químico e morreu de câncer aos 28 anos. Quando a Áustria foi anexada em 1938, Feigl e sua família emigraram primeiro para a Suíça e depois para a Bélgica, 
Após a invasão da Bélgica pela Wehrmacht alemã em 1940, Fritz Feigl foi levado para o acampamento francês de Perpignan. Regine e seu filho conseguiram escapar e se mudaram para Toulouse, onde  conseguiram vistos com o embaixador do Brasil em Vichy, Souza Dantas. Em Lisboa, foram para Brasil no navio Serpa Pinto e chegaram ao Rio de Janeiro em novembro de 1940. Em 1944, Fritz Feigl teve concedida a cidadania brasileira. Feigl rejeitou várias ofertas para os departamentos dos EUA para ficar no Rio. Criou o procedimento conhecido no mundo inteiro como Análise do Toque. É uma técnica simples e econômica em que provas analíticas são executadas sem instrumentos especializados, só com o uso de gotas em um filtro de papel. Graças a isso, vários novos compostos e reações químicas importantes foram descobertas. Feigl ficou no Brasil até o fim de sua vida. Morreu de trombose em 1971.