Em 1929 Kreiser escreveu o famoso artigo “Windiges aus der deutschen Luftfahrt” (Fatos duvidosos na aeronáutica alemã), publicado na influente revista Weltbühne, uma das mais conceituadas durante a República de Weimar. Em 1931 Kreiser e Carl von Ossietzky, editor da revista, foram condenadas respectivamente a 18 meses de prisão pelo Tribunal de Justiça do Reich, porque o referido artigo teria revelado segredos militares. Antes de ser preso Kreiser fugiu para a França. Ossietzky cumpriu sozinho a pena de prisão.
Na França Kreiser publicou extratos da acusação e da sentença, assim como “a partir de abril de 1932 uma série sobre o exercito do Reich no jornal conservador “Echo de Paris” (provavelmente em colaboração com Friedrich Wilhelm Foerster).
Kreiser foi criticado severamente por Ossietzky por sua colaboração com grupos orientados de direita. No decorrer dos anos 30 Kreiser se mudou para Genebra. Em 1941 juntou-se ali ao grupo Görgen. É provável que Kreiser estivesse em contato constante com Foerster, pois a criação desse grupo fora incentivada por este. Görgen considerava Kreiser o membro mais ameaçado do grupo.
Após sua chegada ao Brasil ele viveu provavelmente no mesmo hotel de montanha em Juiz de Fora como o casal Becher, e mais tarde próximo ao casal no Rio de Janeiro. Na peça teatral Samba de Ulrich Becher, Kreiser serve de modelo para a personagem Parisius. Segundo Görgen o engenheiro Kreiser foi chamado em 1941 por Johannes Schauff para Rolandia, para ali participar do planejamento de uma cidade, Maringá. Uma rua em Umuarama (Paraná) tem o nome dele. Faleceu em Maringá cidade em 1958, provavelmente de câncer.