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![]() Kleemann, Fredi ![]() Fotógrafo, ator Berlim, 1927 - São Paulo, 30.10. 1974 No Brasil, desde 1933 a 1974 Nascido na Alemanha, Fredi emigra para o Brasil em 1933. Funcionário da Fotóptica, e fotógrafo de renome com prêmios internacionais, Fredi passa a documentar os acontecimentos sociais da comunidade judaica paulistana. É convidado por Cacilda Becker, em 1949, a integrar a comparsaria de Nick Bar...Álcool, Brinquedos, Ambições, de William Saroyan, com direção de Adolfo Celi. A partir de então, será figura constante nas diversas montagens do Teatro Brasileiro de Comédia, TBC, encarregado como coadjuvante e pequenos papéis. Alcança certa projeção em O Anjo de Pedra, de Tennessee Williams, dirigido por Luciano Salce, 1950; e como o galã de Seis Personagens à Procura de um Autor, de Luigi Pirandello, em 1951; Mortos Sem Sepultura, de Jean-Paul Sartre, encenação de Flaminio Bollini, em 1954, e Eurídice, de Jean Anouilh, direção de Gianni Ratto, em 1956. Acompanha a saída de Cacilda Becker do TBC, juntamente com Ziembinski, Cleyde Yáconis e Walmor Chagas, compondo o conjunto que forma a companhia da atriz, ganhando maior destaque em suas aparições como ator. Desse período datam O Santo e a Porca, de Ariano Suassuna, e Jornada de um Longo Dia para Dentro da Noite, de Eugene O'Neill, em 1958; o pai de Armand Duval, em A Dama das Camélias, de Alexandre Dumas Filho, em 1959; duas realizações bem-sucedidas em 1960: Virtude e Circunstância e Em Moeda Corrente do País; até sua aparição como o burgomestre de A Visita da Velha Senhora, de Dürrenmatt, em 1962. Desde a encenação de O Mentiroso, de Carlo Goldoni, no TBC, é contratado como o fotógrafo oficial da companhia e da Vera Cruz, responsável, desde então, pelos stills de divulgação enviados para a imprensa. Torna-se rotina então, antes das estréias, uma passagem do espetáculo ensaiado para ser fotografado, possibilitando a Fredi registrá-los com minúcias documentais jamais encontráveis no trabalho de outra companhia brasileira. Tornando-se aquele que foi, provavelmente, o primeiro fotógrafo regular de um conjunto teatral fixo, Fredi lega um inestimável acervo de negativos. Conhecedor dos segredos do palco, explora com sutileza os tons das imagens, fixando momentos cheios de intenções e emoções, nuançando com um tratamento verdadeiramente artístico aquilo que poderia ter sido meramente um documento. Encerrado o TBC, continua fotografando espetáculos avulsos. Seu último trabalho foi para a versão paulista de Hoje É Dia de Rock, de José Vicente, em 1973. Comprado pelo antigo Idart, hoje Divisão de Pesquisas do Centro Cultural São Paulo, CCSP, esse acervo está aberto ao público e dele foi extraído um álbum - Foto em Cena -, uma panorâmica de seu trabalho ao longo das décadas. Fonte: https://itaucultural.org.br/aplicExternas/enciclopedia_teatro/index.cfm?fuseaction=personalidades_biografia&cd_verbete=749. ![]() |