Parma, Itália, 1867 — Nova York, 1957
Maestro
Um dos mais brilhantes maestros dos séculos XIX e XX, aos 19 anos era violoncelista em uma companhia de ópera em turnê pela América Latina quando, no Rio de Janeiro, foi convocado para substituir o regente local, Leopoldo Miguez, e regeu de cor uma ópera de duas horas e meia de duração. Conduziu 18 óperas até o fim da turnê, e esse foi o início de uma magistral carreira. De volta à Itália, chegou ao posto de maestro residente da orquestra do Scala de Milão.
Em turnê pelos Estados Unidos em 1920-1921, fez sua primeira gravação. Foi o primeiro maestro não alemão a aparecer em Bayreuth (1930-1931), onde a Orquestra Filarmônica de Nova York foi também a primeira orquestra não alemã a tocar. Na década de 1930 apresentou-se no Festival de Salzburgo (1934-1937). Em 1936 conduziu o concerto inaugural da Orquestra Sinfônica da Palestina (mais tarde a reputada Orquestra Filarmônica de Israel) em Tel Aviv, apresentando-se com ela em Jerusalém, Haifa, Cairo e Alexandria. Era ostensivo adversário tanto do fascismo italiano como do nazismo.
Zweig e Toscanini conheceram-se no Festival de Salzburgo em 1934, e, como escreveu Zweig ao mestre Romain Rolland, “em poucas horas tornamo-nos grandes amigos”. Depois embarcaram no mesmo vapor para cruzar o Atlântico de Nice a Nova York. Encontraram-se em Londres, novamente em Salzburgo e nos EUA. Zweig preferia assisti-lo nos ensaios, fascinado por sua prodigiosa energia. Dedicou-lhe um ensaio e não se cansava de mencioná-lo nas cartas a Rolland.
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