Campinas, SP, 1890 — São Paulo, 1969

 

Advogado, jornalista, crítico de cinema, poeta, ensaísta e tradutor

 

Destacou-se como um importante organizador da Semana de Arte Moderna de 1922. Ajudou a fundar e a editar a revista Klaxon, porta-voz do movimento modernista, e criou a capa da primeira edição do livro Paulicéia Desvairada, de Mário de Andrade. Foi o primeiro modernista a entrar para a Academia Brasileira de Letras, em 1930. Em 1932, já um poeta com grande popularidade, alistou-se voluntariamente como soldado raso para participar da Revolução Constitucionalista. Acabou preso e exilado em Portugal. Retornou ao país com a anistia de 1934 e foi o intelectual paulista escolhido pelo Ministério das Relações Exteriores para encontrar-se com Zweig durante a breve passagem deste por São Paulo em agosto de 1936. Após o encontro, em torno de um risotto num restaurante italiano no Vale do Anhangabaú, produziu um perfil do visitante na crônica que escrevia no jornal O Estado de S. Paulo (6/9/1936). Tudo indica que voltaram a ver-se na segunda visita de Zweig a São Paulo, em 1940. Conheceu também o amigo de Zweig, Luc Durtain, e traduziu um de seus livros sobre o Brasil.

 

Sua obra inclui cerca de 75 publicações, entre poesia, prosa, ensaio, tradução, além do extenso trabalho jornalístico, com destaque para a coluna Cinematógrafos, pioneira crítica de cinema que manteve no O Estado de S. Paulo entre 1920 e 1940. Foi ainda um dos fundadores da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo, onde lecionou Ciência Política. Em 1959 foi eleito “príncipe dos poetas brasileiros”. Sua casa tornou-se o Museu Casa Guilherme de Almeida.

 

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